Adam Zampa e Marcus Stoinis, uma história de amor (não) gay e a necessidade de ver parceiros masculinos no esporte

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Há pouco mais de um ano, um vídeo dos jogadores de críquete australianos Adam Zampa e Marcus Stoinis virou viral. Nele vimos ambos no banco, numa atitude de cumplicidade que nos fez pensar que havia mais do que uma relação profissional ou mesmo de amizade: eles pareciam um casal gay. Embora (infelizmente) a relação não seja real, sua proximidade continua a suscitar comentários por causa de como ainda é surpreendente para muitos que dois homens apareçam assim.

Como em qualquer outro espaço de trabalho, na elite do esporte quando os profissionais passam tantas horas juntos, o amor é inevitável. O esporte feminino tem vários casos, como Kate e Helen Richardson-Walsh, sócias da equipe de hóquei inglesa e casadas. Não é que isso não aconteça entre casais masculinos, mas que transcenda é mais complicado: machismo e homofobia estrutural agem como uma laje.

É por isso que a história de Adam Zampa e Marcus Stoinis é tão marcante, uma história que embora não seja real, sua cumplicidade e proximidade desperta olhares – e até risos, a julgar pelos comentários no Twitter – mas também a necessidade de um par de pessoas corajosas aparecerem mais cedo ou mais tarde.

O vídeo em questão foi tirado durante a partida do ano passado contra o Paquistão e, depois disso, Stoinis saiu para negar que a bola estava sendo formada “Somos bons parceiros, este tipo de coisa ajuda você a levar melhor em viagens longas”. Um pouco de brincadeira, um pouco de gargalhadas. Você não pode se levar muito a sério. Temos um bom vínculo na equipe e há um bom grupo.

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