António Guterres Condena Ataques do Hamas e Pediu Respeito aos Civis em Meio a Crescente Tensão em Gaza

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Secretário-Geral da ONU se Pronuncia em Face à Escalada de Conflitos

Em um pronunciamento incisivo, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente os recentes ataques perpetrados pelo grupo terrorista Hamas contra Israel, que resultaram em centenas de mortes. Simultaneamente, Guterres enfatizou que as operações militares conduzidas por Tel Aviv devem estritamente respeitar os princípios do direito internacional, especialmente no que diz respeito à proteção da população civil.

O Secretário-Geral também expressou profunda preocupação com o anúncio feito por Israel, na data de hoje, de um bloqueio total à Faixa de Gaza. Guterres declarou: “A situação em Gaza já era extremamente grave antes do início dessas hostilidades, e agora a situação só tende a piorar exponencialmente.” Ele reconheceu as “queixas legítimas” dos palestinos sobre a ocupação de seu território há 56 anos, mas enfatizou que tais queixas não justificam “atos de terror, mutilação e sequestro de civis.”

Guterres destacou que a resposta israelense às hostilidades também não tem observado os princípios do direito internacional, citando ataques a centros de saúde, edifícios residenciais, uma mesquita e duas escolas administradas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que abrigavam civis deslocados de suas residências em Gaza.

“Enquanto reconheço a legítima preocupação de segurança de Israel, também recordo a Israel que operações militares devem ser estritamente realizadas em conformidade com o direito internacional humanitário”, sublinhou.

O Secretário-Geral revelou que está em diálogo com líderes regionais para conter a disseminação do conflito, enfatizando a necessidade de se manter uma visão de longo prazo, mesmo nos momentos mais difíceis, e evitar ações irreversíveis que fortaleceriam extremistas e minariam as perspectivas de uma paz duradoura.

Este discurso ocorreu um dia após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, presidido neste mês pelo embaixador brasileiro Sérgio Danese. Embora não tenha emitido uma declaração sobre o conflito, a instância máxima de poder da ONU deverá realizar novos encontros, embora a data exata ainda não tenha sido definida.

Dos 15 membros do Conselho, 5 são permanentes e têm poder de veto, incluindo os Estados Unidos, que são aliados de Israel e têm fornecido apoio militar ao país. O representante da China manifestou seu repúdio a todos os ataques contra civis, referindo-se tanto a israelenses quanto palestinos. A posição do Brasil destaca a negociação como o único caminho para uma solução de dois estados, com base nas fronteiras internacionalmente reconhecidas.

O representante da Palestina nas Nações Unidas advertiu que um endosso do Conselho de Segurança ao direito de defesa israelense seria interpretado como uma “licença para matar” pelo país.

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