Censura Literária em Santa Catarina: O Debate Entre Proteção e Liberdade

0
42

Na última terça-feira (8), a Secretaria de Educação de Santa Catarina causou controvérsias ao censurar nove livros escolares disponíveis para alunos em colégios de Florianópolis. O governo alega que as obras abordam “violência em regimes autoritários e o nazismo”. O ofício da secretaria instrui que o material seja armazenado em “local não acessível à comunidade escolar”.

Entre os livros vetados estão “Laranja Mecânica”, de Anthony Burgess, sob a justificativa de abordar a violência em regimes autoritários, “Diário do Diabo”, que revela os segredos de Alfred Rosenberg, figura proeminente no nazismo, e “A Química Entre Nós”, que trata do romance entre duas adolescentes.

O ofício que determina a censura é assinado pelo supervisor regional de Educação do estado, Waldemar Ronssem Júnior, e pela integradora regional de educação, Analise dos Santos de Medeiros.

O suplente de vereador de Florianópolis, Leonel Camasão (PSOL), criticou a medida nas redes sociais e apresentou denúncia ao Ministério Público de Santa Catarina.

Em resposta, a Secretaria de Educação negou a censura, justificando a redistribuição para melhor adequação das obras literárias às faixas etárias. No entanto, o destino dos livros e o cronograma da redistribuição não foram esclarecidos.

Avalie este post

Deixe uma resposta