O Rio Grande do Sul enfrentou recentemente sua mais grave tragédia climática em décadas, relembrando a devastação de 1959, quando 94 vidas foram perdidas nas cidades de Candelária e Sobradinho, no Vale do Rio Pardo. De acordo com a Defesa Civil do estado, enchentes causaram a morte de 48 pessoas. Desde junho deste ano, a região enfrentou uma série de desastres, incluindo ciclones extratropicais que deixaram um rastro de destruição.
Francisco Eliseu Aquino, professor de Climatologia e Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e diretor substituto do Centro Polar e Climático da mesma instituição, destaca a urgência de implementar sistemas de alerta antecipado contra desastres ambientais no Brasil. Ele enfatiza que essa é uma prioridade internacional, e o país deve investir em ciência, tecnologia e políticas públicas para melhorar essa capacidade.
“A evidência é clara: precisamos de sistemas de alerta antecipado, uma agenda internacional para que os países aprimorem suas capacidades. Isso requer ciência e tecnologia, recursos financeiros e incentivo por parte das políticas públicas”, afirma o professor.