Condições Precárias em Cárcere Paulista: Carta Coletiva Revela Desespero de Presos em Caraguatatuba

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No litoral de São Paulo, presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba emitiram uma carta coletiva, descrevendo suas condições desumanas na prisão. A carta, que destaca problemas de acesso à alimentação e à saúde, implora por ajuda e atenção aos direitos humanos.

Com palavras carregadas de urgência, a carta apela aos direitos humanos e pede por uma solução imediata para as condições desumanas enfrentadas pelos detentos em Caraguatatuba. Eles mencionam tentativas anteriores de paralisações pacíficas em busca de diálogo, que não tiveram sucesso.

Na carta, os presos destacam a superlotação da prisão, com 934 detentos em um espaço projetado para 847. A principal queixa se refere à qualidade da comida, que é descrita como inadequada e insalubre. Ratos na cozinha, urina e fezes de roedores na comida, leite azedo e redução na quantidade de alimentos são alguns dos problemas relatados.

Além disso, os presos mencionam a negligência médica e a demora no atendimento de saúde, que resultaram em óbitos dentro da prisão. Eles pedem a visita de entidades de fiscalização e defesa dos direitos humanos para verificar suas condições.

As denúncias sobre a situação em Caraguatatuba chegaram à Defensoria Pública de São Paulo, que realizou atendimentos no local e confirmou a existência de problemas. Entre as denúncias, 74 se referem a violações de direitos no CDP de Caraguatatuba, incluindo questões relacionadas à alimentação e maus-tratos.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do governo de Tarcísio de Freitas respondeu às acusações, afirmando que a alimentação é preparada pelos próprios detentos, seguindo um cardápio elaborado por nutricionistas. A SAP alega que a cozinha é periodicamente dedetizada e recebe controle de pragas.

No entanto, os presos alegam que a realidade é diferente, com falta de medicamentos básicos e atendimento médico insuficiente. A defensora pública Camila Tourinho também observou a falta de cumprimento do cardápio previsto e a escassez de investimento na alimentação das unidades prisionais.

A situação, como apontado, persiste há anos, e as condições em Caraguatatuba continuam a causar sofrimento aos detentos, que clamam por melhorias e atenção às suas queixas. O governador Tarcísio de Freitas recentemente realocou recursos da SAP para outros fins, o que pode agravar ainda mais a situação carcerária em São Paulo.

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