Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da era moderna por causa do COVID-19, um vírus aterrorizante para a nossa saúde que está em colapso nos sistemas de saúde. Mas isso não apenas afeta nossa saúde, em um efeito dominó macabro, como também é devastador para as economias e afeta o social de várias maneiras, desde a limitação de direitos até o aumento da discriminação contra pessoas LGBTIQ+.
No México houve um aumento de jovens lésbicas, gays, bissexuais e trans expulsos de suas casas. A combinação de ser “diferente” e passar 24 horas sob o mesmo teto são os ingredientes para o desastre.
No Panamá, eles tomaram uma medida curiosa para colocar em quarentena o COVID-19: saídas segregadas para a rua, dependendo se você é mulher ou homem. Como você sabe quem é homem ou mulher? Como o jornal La Vanguardia relata, o Ministério da Saúde decidiu que estava olhando o documento de identidade. O Peru seguiu o mesmo caminho de segregação de gênero, onde foram relatados abusos das forças de segurança contra pessoas trans.
Não podemos esquecer o inferno de pessoas trans quando se trata de acessar o mercado de trabalho, o que leva muitos a se envolver em trabalho sexual. Segundo a Rede Latino-Americana e do Caribe de Pessoas Trans (RedLactrans), aproximadamente 95%. Em tempos de confinamento e maior controle policial, essas pessoas ficam desamparadas em termos de renda e ajuda socioeconômica, pois estão à margem da economia formal, expondo suas necessidades básicas, como teto ou comida.
Global Citizen explica que nas Filipinas casais do mesmo sexo não podem pedir ajuda alimentar porque esse tipo de relacionamento não se encaixa na “definição de família”.
Os grupos com maior risco de exclusão estão sofrendo as consequências mais difíceis. Não apenas pela doença em si, mas pela exclusão do acesso aos recursos da comunidade.
Fonte: www.ambienteg.com