Na quarta-feira, 20 de setembro, o mundo voltará os olhos para Nova York, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), e seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontrarão às 14h. O esperado encontro bilateral ocorrerá nas margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas e, apesar das diferenças em suas agendas, promete ser um momento de colaboração e resolução de desafios globais.
As expectativas em relação a essa reunião são significativas, com ambos os líderes prontos para dar destaque a seus pontos de concordância. Entre essas áreas de alinhamento, destacam-se a questão climática e uma nova parceria na área do trabalho. Ambos os líderes estão empenhados em promover uma abordagem conjunta para questões trabalhistas e direitos dos trabalhadores.
Após a reunião, está previsto o anúncio da “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras”, uma iniciativa que visa promover o “trabalho digno” em cooperação com os Estados Unidos. O presidente Lula destacou a importância histórica desse momento, afirmando: “É a primeira vez em mais de 500 anos da história do Brasil em que você senta com o presidente da República americano, em igualdade de condições, para discutir um problema crônico, que é a questão da precarização do mundo do trabalho.”
A parceria incluirá esforços conjuntos com sindicatos do Brasil e dos Estados Unidos, bem como a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Espera-se que outros países e parceiros globais se envolvam na iniciativa. As atividades planejadas têm como objetivo ampliar o conhecimento do público sobre os direitos trabalhistas, garantir que a transição para uma economia verde proporcione oportunidades de emprego de qualidade e aumentar a influência dos trabalhadores em instituições multilaterais.
Além disso, a parceria visa criar legislação para proteger os direitos dos trabalhadores nas plataformas digitais e envolver parceiros do setor privado na criação de empregos nas principais cadeias de produção. O governo brasileiro vê essa colaboração como uma oportunidade para fortalecer ainda mais os laços bilaterais com os Estados Unidos.
Embora a atmosfera do encontro deva ser semelhante à reunião anterior entre Biden e Lula em Washington, onde questões ambientais e democráticas foram o foco, a questão da guerra na Ucrânia ainda paira sobre os dois líderes. Enquanto os Estados Unidos, sob a liderança de Biden, têm fornecido apoio militar a Kiev na luta contra as forças russas, Lula adota uma abordagem de não alinhamento, buscando promover a paz no conflito.
Nesta quarta-feira, Lula também se encontrará com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após meses de desencontros. A questão ucraniana permanece como um ponto sensível nas relações internacionais, onde os interesses divergentes entre as partes podem desafiar a busca por soluções diplomáticas.
Nesse cenário internacional complexo, o encontro entre Lula e Biden é um testemunho da importância de líderes globais se unirem para abordar questões críticas, mesmo diante de diferenças. O mundo está atento, e a esperança é que essa reunião contribua para promover um diálogo construtivo e a busca por soluções para os desafios enfrentados pela comunidade global.