Um dia ardente quebrando recordes: São Paulo e Rio de Janeiro testemunharam o ápice do calor neste ano, deixando os termômetros em ebulição e as cidades em alerta. Os números revelam um panorama climático sem precedentes, onde a sensação térmica atingiu patamares notáveis.
São Paulo Derrete: Novembro em Chamas
No coração da maior metrópole do Brasil, São Paulo enfrentou seu dia mais quente do ano, com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) registrando uma média de 36,9°C durante a tarde, superando os 36,5°C de setembro. Não apenas isso, mas o domingo também cravou o recorde de novembro desde 2004, desafiando as expectativas estabelecidas em 2019.
A secura intensa acompanhou o calor avassalador, levando o CGE a declarar estado de atenção para a baixa umidade do ar, atingindo cerca de 20% em algumas áreas às 10h40.
Rio de Janeiro em Chamas: Recorde Térmico e Praias Lotadas
O Rio de Janeiro não ficou para trás, com Irajá, na zona norte, alcançando 42,5°C, marcando o dia mais quente registrado em 2023, superando o recorde anterior de fevereiro. A sensação térmica em Irajá atingiu impressionantes 50,5°C por volta das 13h55. O calor intenso atraiu multidões para as praias cariocas, transformando-as em refúgios disputados.
Calor Implacável: Previsões e Efeitos do El Niño
A onda de calor, que já castiga o país, promete persistir até pelo menos o próximo domingo, abrangendo principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O Climatempo projeta que em São Paulo as temperaturas só darão trégua na semana do dia 20.
Os efeitos do El Niño, responsável pelo aumento nas temperaturas, devem prolongar-se até maio de 2024, atingindo seu auge entre novembro de 2023 e janeiro do ano seguinte, de acordo com a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). O fenômeno, em sua fase “moderada”, ganhou consistência em outubro, sinalizando que o pior ainda pode estar por vir.