Gaza: O Grito Desesperado de Uma Faixa Encurralada em Meio a Conflito Crescente

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A Faixa de Gaza enfrenta uma crescente crise humanitária em meio a ataques aéreos israelenses em resposta ao ataque do Hamas a Israel, com consequências devastadoras para sua população. Residentes encurralados enfrentam insegurança alimentar, falta de eletricidade e, sobretudo, medo constante. Enquanto o conflito se agrava, as Nações Unidas alertam que a situação humanitária se deteriora exponencialmente.

Nadine Abdul Latif, 13 anos, do bairro de Al Rimal, na cidade de Gaza, compartilhou a angústia de sua família. Eles receberam instruções para fugir após o anúncio de um ataque israelense, mas decidiram ficar, pois não havia refúgio seguro. O pai de Nadine está desaparecido desde o ataque do Hamas no sábado, deixando a família angustiada.

A Faixa de Gaza, densamente povoada e controlada pelo Hamas, enfrenta um “cerco completo” imposto por Israel, incluindo a suspensão do fornecimento de luz, alimentos, água e combustível. Os ataques aéreos israelenses continuam, elevando o número de mortos para mais de 900 pessoas, conforme relatado pelo Ministério da Saúde palestino.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) transformou 83 escolas em Gaza em abrigos improvisados, mas estão com 90% da capacidade, abrigando mais de 137 mil pessoas.

Diferentemente das cidades no sul de Israel, Gaza não possui abrigos antiaéreos, deixando civis vulneráveis a ataques. A situação é agravada pela densidade populacional da região, onde cerca de dois milhões de pessoas vivem em uma área de 362,6 km². Mais de metade da população enfrenta insegurança alimentar e vive abaixo da linha da pobreza.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que a situação humanitária em Gaza já era terrível antes do conflito e agora está se deteriorando exponencialmente.

A Human Rights Watch (HRW) criticou o cerco completo como “punição coletiva” e um “crime de guerra”. Israel é acusado de usar a fome como uma “arma de guerra”, enquanto o Hamas é condenado por ataques deliberados a civis, tomando reféns.

Gaza já foi palco de ataques aéreos israelenses em conflitos anteriores, mas uma invasão terrestre israelense poderia agravar significativamente a situação. As passagens de Erez, Kerem Shalom e Rafah foram fechadas, dificultando o fornecimento de ajuda e a saída de feridos.

A população enfrenta riscos adicionais, com estoques de alimentos e a deterioração dos alimentos devido a cortes frequentes de eletricidade. A situação é desesperadora, e os civis, como Nadine e sua família, vivem sob constante ameaça, escondendo-se sempre que ouvem aviões.

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