Em um movimento dramático e tenso, Israel emitiu um ultimato, dando 24 horas para mais de 1 milhão de palestinos abandonarem o norte de Gaza. A ordem foi difundida pelas redes sociais e em panfletos em árabe, ocorrendo horas antes da chegada do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, a Tel Aviv.
O grupo palestino Hamas pediu à população que não obedecesse à ordem, enquanto a ONU alertou sobre as “graves consequências humanitárias” dessa decisão. A própria ONU se viu forçada a seguir para o sul junto com os refugiados que buscaram abrigo em suas escolas, hospitais e clínicas.
O ultimato é interpretado como um sinal claro de que Israel está se preparando para uma ação militar no norte de Gaza, o que preocupa significativamente a comunidade internacional. As áreas afetadas pela ordem de evacuação incluem a Cidade de Gaza, o campo de refugiados de Jabalia e as cidades de Beit Hanoun e Beit Lahiya.
A ordem emitida pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) é explicita: “As IDF pedem a evacuação de todos os civis da Cidade de Gaza de suas casas para o sul, para sua própria segurança e proteção, e se desloquem para a área ao sul de Wadi Gaza, conforme mostrado no mapa.”
Israel justifica essa medida, alegando que a organização terrorista Hamas travou uma guerra contra o Estado de Israel e que a Cidade de Gaza é uma área onde ocorrem operações militares. A evacuação, segundo as IDF, é para a segurança dos civis e como precaução contra os riscos envolvidos no conflito. Entretanto, o comunicado adverte que os moradores só poderão retornar à Cidade de Gaza quando outro anúncio for feito autorizando tal ação, e instrui a população a evitar a área da cerca de segurança com o Estado de Israel.
O comunicado também acusa o Hamas de se esconder na Cidade de Gaza, incluindo túneis sob as casas e edifícios habitados por civis inocentes. As IDF prometem operar na Cidade de Gaza nos próximos dias com o objetivo de evitar ferir civis, enquanto continuam sua luta contra o Hamas.