LGBTQIA+: Desvendando o Conhecimento na UFSM

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Mergulhamos na rica tapeçaria de produções científicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) relacionadas a essa temática. Com um leque diversificado de abordagens, essas pesquisas refletem a vital importância da inclusão das questões LGBTQIA+ no ambiente acadêmico.

Junho, reconhecido mundialmente como o Mês do Orgulho LGBTQIA+, remonta à Revolta de Stonewall em 1969, marco inicial na luta pelos direitos civis dessa comunidade. Em um contexto onde ser anything but straight era ilegal nos Estados Unidos, o Stonewall Inn, um bar gay em Nova York, tornou-se um oásis de liberdade para aqueles que não se enquadravam nos padrões heteronormativos.

As décadas passadas viram as Paradas LGBTQIA+ florescerem em todo o mundo, como uma celebração da diversidade e um protesto contra a desigualdade. É nesse espírito de inclusão e reconhecimento que a Revista Arco destaca 10 notáveis produções científicas da UFSM, abordando diversos aspectos das experiências LGBTQIA+.

  1. LGBTCHÊ – Este projeto de extensão, sediado no Centro de Educação Física e Desportos, busca criar cursos de extensão para professores e alunos da rede pública em Santa Maria, RS. O objetivo é promover compreensão sobre relações de gênero e sexualidade, combatendo a violência de gênero em um contexto marcado pela cultura gaúcha.
  2. Design Gráfico de Cartazes: Momentos Históricos da Cultura LGBTQIA+ – Um estudo de conclusão de curso no Centro de Artes e Letras, explorando o desenvolvimento de cartazes que celebram a história e as lutas das minorias LGBTQIA+. Esses cartazes utilizam princípios de design gráfico para transmitir mensagens poderosas.
  3. “Será que realmente existe isso?”: Reflexões acerca da bissexualidade e da pansexualidade femininas – Este trabalho, conduzido pelo curso de Licenciatura em Ciências Sociais, aborda a bissexualidade e pansexualidade femininas, desafiando estereótipos e analisando criticamente essas identidades.
  4. Violência Pós-Morte contra Travestis de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil – Um artigo científico no Centro de Ciências da Saúde investiga a violência enfrentada por travestis, incluindo a violência post-mortem. O estudo destaca a necessidade de reconhecimento e respeito pelas histórias e vidas dessas indivíduos.
  5. Estratégias de Coping na População Transgênero Brasileira: Relações com Saúde Mental Plena – Um projeto de pesquisa realizado no Centro de Ciências Sociais e Humanas se concentra nas violências enfrentadas pela população transgênero brasileira e suas estratégias de enfrentamento, examinando a saúde mental dessa comunidade.
  6. A (In)visibilidade de Famílias Homoafetivas durante Atendimentos nos Serviços de Saúde – Uma dissertação de mestrado no Centro de Ciências da Saúde explora a percepção de famílias homoafetivas sobre o atendimento em serviços de saúde. O estudo destaca a invisibilidade dessas famílias, apesar de serem vistas pelos profissionais de saúde.
  7. Velcro Seguro: o Guia de Saúde Sexual para Mulheres Lésbicas e Bissexuais com Vulva – Este projeto de conclusão de curso no Centro de Ciências Sociais e Humanas cria um guia informativo sobre saúde sexual para mulheres lésbicas e bissexuais com vulva. O material aborda questões cruciais relacionadas à saúde e prevenção de ISTs.
  8. O Amor que não Ousa Dizer o Nome: o Discurso de Ódio LGBT+Fóbico e a Criminalização da Homotransfobia pelo Supremo Tribunal Federal – Um trabalho de conclusão de curso no Centro de Ciências Sociais e Humanas examina o papel do discurso de ódio LGBT+fóbico no julgamento da homotransfobia pelo Supremo Tribunal Federal em 2018, explorando como esse discurso perpetua a violência.
  9. O Ethos Midiatizado de Marco Feliciano: Uma Análise da Formação Institucional de Discursos sobre o Controle do Ethos Privado – Uma dissertação de mestrado no Centro de Ciências Sociais e Humanas analisa como o pastor e deputado federal Marco Feliciano influenciou discursos de controle sobre a conduta privada, incluindo a sexualidade humana.
  10. Não é uma Realidade de Todo Mundo: Acesso ao SUS por Pessoas Trans do Município de Santa Maria a partir da Normativa 2.803/2013 – Um trabalho de conclusão de curso no Centro de Ciências Sociais e Humanas investiga o acesso de pessoas trans aos serviços de saúde em Santa Maria, RS, em relação à normativa que garante o tratamento hormonal pelo SUS.

Essas produções científicas não apenas refletem a diversidade das experiências LGBTQIA+, mas também demonstram o compromisso da UFSM em abordar questões vitais de inclusão e igualdade em seu ambiente acadêmico.

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