Revelações Explosivas: Delação de Ex-Ajudante de Ordem de Bolsonaro Aponta Coordenação para Golpe

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Em um desenvolvimento que abala o cenário político brasileiro, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, teria feito uma delação à Polícia Federal (PF) na qual revela detalhes surpreendentes sobre uma reunião ocorrida no ano passado. Nessa reunião, Bolsonaro teria se encontrado com a cúpula das Forças Armadas e ministros próximos, supostamente para discutir a possibilidade de um golpe de Estado. No entanto, a ideia de uma intervenção militar não teria obtido apoio unânime.

Segundo informações da delação de Cid, o almirante de esquadra da Marinha, Almir Garnier, teria afirmado a Bolsonaro que suas tropas estariam prontas para responder a uma convocação do presidente. No entanto, o Comando do Exército teria se posicionado contra a ideia de um golpe e contra qualquer tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O depoimento de Cid também destaca que ele participou dessa reunião ao lado do então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, que teria lhe repassado uma suposta minuta de um plano golpista. Esse plano incluiria a convocação de novas eleições e a prisão de adversários políticos.

As revelações de Cid reforçam a preocupação com a possibilidade de intervenção militar e golpe no Brasil, uma questão que já havia surgido em investigações anteriores da PF. Durante uma operação que investigava a suposta inserção de dados falsos nos sistemas de vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, o telefone de Cid foi apreendido e periciado. A análise do celular identificou trocas de mensagens, áudios e documentos relacionados a ações de cunho golpista, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder, apesar de sua derrota nas eleições de 2022.

Além disso, foram encontrados documentos que incluíam uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), uma operação militar que só pode ser convocada pelo presidente da República em casos de esgotamento das forças tradicionais de segurança pública. Também havia tentativas de instituir o Estado de Defesa.

A defesa de Mauro Cid afirmou que não teve acesso aos depoimentos em questão e não pôde confirmar seu conteúdo, mas não houve nenhum desmentido oficial. O Metrópoles tentou entrar em contato com a defesa do ex-presidente Bolsonaro, mas não obteve resposta até o momento.

Cid estava preso desde maio em Brasília, mas conseguiu um acordo de delação premiada, que foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora afastado de suas funções no Exército, ele continua a receber seu salário de R$ 27 mil, conforme previsto em lei.

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