Em um evento realizado em Paris, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy fez elogios ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o seu notável protagonismo internacional. Sarkozy afirmou que, independentemente das opiniões sobre Lula, sua determinação em representar o Brasil no cenário global é inegável. Durante seu mandato, Dilma Rousseff, sua sucessora, não conseguiu alcançar o mesmo destaque internacional que Lula. O ex-presidente francês enfatizou a importância da França se aproximar do Brasil, considerando-o o parceiro ideal.
Sarkozy também aproveitou a ocasião para fazer críticas contundentes aos organismos multilaterais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos. Ele argumentou que a ONU perdeu relevância e que as instituições multilaterais estão desatualizadas em um mundo com mais de 7 bilhões de habitantes. O ex-presidente defendeu uma maior participação de países emergentes em instituições como o Conselho de Segurança da ONU e sugeriu que o Brasil deveria ter um assento permanente nesse órgão.
Sarkozy também criticou os Estados Unidos, comparando-os a um gigante que esmaga com seu poder, levantando a questão sobre o que outros países estavam fazendo “debaixo do sapato” dos EUA. Ele destacou a importância de encontrar amigos com equilíbrio de poder e criticou a polarização global.
Em uma analogia surpreendente, Sarkozy comparou sua relação com Lula a dois dedos de uma mão, destacando que, embora estivessem em espectros políticos diferentes, juntos poderiam representar uma força global significativa.
No cerne de sua fala estava a ideia de que o cenário político global está passando por transformações profundas, com nações emergentes ganhando influência, enquanto as potências tradicionais estão perdendo força. Ele afirmou que os países europeus, que dominaram o mundo por séculos, são agora “potências do passado”, enquanto nações como o Brasil representam o “futuro”.
A visão de Sarkozy desafia o status quo e destaca a necessidade de reformas nos organismos multilaterais para refletir a realidade do século 21. A questão do protagonismo de Lula no cenário internacional é um tema intrigante e demonstra como as dinâmicas globais estão mudando rapidamente.