Trabalhadores e movimentos populares marcham em defesa da soberania e da reversão das privatizações

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Trabalhadores, sindicatos e movimentos populares marcharam no Rio de Janeiro nesta terça-feira (3) em defesa da Petrobras e da soberania nacional. A mobilização, que marcou os 70 anos da estatal, teve início em frente à sede da Eletrobras, privatizada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), e se encerrou em frente à Petrobras, na Avenida Chile, no centro.

A marcha foi organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), e contou com a participação de centrais sindicais, entidades que integram a Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia, a Frente Brasil Popular, a Articulação de Redes, os Comitês Populares e mais de 30 outras organizações sociais, entidades de classe e partidos políticos do campo da progressista.

O ato foi marcado por discursos de representantes dos movimentos sociais, que denunciaram o desmonte da Petrobras e das estatais em geral. Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, disse que o ato é muito mais que a comemoração dos 70 anos da Petrobras, ele representa um retorno ás ruas em defesa da soberania nacional, energética, alimentar e a preservação das empresas públicas e estatais com serviço de qualidade para a população.

“Construímos e realizamos um ato histórico, que simboliza a retomada das ruas nesse governo do presidente de Lula, porque a gente precisa cumprir o nosso papel de sindicatos e de movimentos sociais, pressionando o governo à esquerda para que o seu programa, que foi aprovado pela população nas urnas, seja colocado em prática”, afirmou Bacelar.

Eró Silva, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reforçou que as lutas pela reestatização da Eletrobrás e pela reconstrução da Petrobras são lutas que caminham junto com as lutas pela reforma agrária e pela soberania alimentar.

“Para construirmos uma sociedade justa e igualitária, para combater a fome nesse país, precisamos garantir o acesso da população a alimentos saudáveis. E essas duas empresas são fundamentais não só para nós que somos lá no campo, mas também para nós que temos a agricultura urbana na cidade, nessa construção de combate à fome no nosso país”, disse.

O deputado estadual e presidente do Psol-RJ, Flávio Serafini, também lembrou o passado recente, o golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e sustentou que a soberania continua sendo ameaçada por governantes, como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que não destina os recursos necessários para áreas fundamentais.

“Há pouco mais de seis anos, o Brasil sofreu um golpe e boa parte desse golpe tem a ver com a tentativa de roubarem as riquezas do povo brasileiro, essa riqueza tem a ver com o próprio papel da Petrobras, com a descoberta do pré-sal. É importante que nesse momento de reconstrução democrática estejamos nas ruas para cobrar também a revisão da privatização da Eletrobras, o processo de desmonte da Petrobras e a aplicação das leis que preveem que o dinheiro do pré-sal chegue à saúde e à educação”, frisou o parlamentar.

O ato terminou com a leitura de um manifesto que reafirma a defesa da Petrobras como patrimônio do povo brasileiro e exige a reversão das privatizações, a reconstrução da estatal e a aplicação das leis que preveem que o dinheiro do pré-sal seja destinado às áreas sociais.

O texto também chama a atenção para o papel da Petrobras na defesa da soberania nacional, afirmando que a estatal é fundamental para garantir o acesso do Brasil à energia a preços acessíveis e para fortalecer a indústria nacional.

A marcha foi um importante momento de mobilização dos trabalhadores e dos movimentos sociais em defesa da Petrobras e da soberania nacional. O ato mostra que a luta pela reversão das privatizações e pela reconstrução da Petrobras é uma luta necessária e urgente.

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