Secretário de Estado dos EUA Reconhece Devastação, mas Israel Insiste em Ações Contra Hospitais
O conflito na Faixa de Gaza atinge um novo ápice de tragédia humanitária, com hospitais superlotados, mal equipados e danificados sendo alvos de ataques e cerco por parte de forças israelenses. Relatos de pelo menos cinco hospitais cercados por tanques israelenses e sob fogo cruzado evidenciam a extensão do caos. Anthony Blinken, secretário de Estado dos EUA, expressou preocupação com o elevado número de vítimas palestinas e discute medidas para minimizar as perdas civis.
Em declarações durante sua visita à Índia, Blinken afirmou que “muitos palestinos foram mortos, muitos sofreram nas últimas semanas.” Apesar do apoio inicial dos EUA à defesa de Israel, a pressão internacional cresce para preservar vidas civis. Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel insistem que os hospitais servem como fortalezas do Hamas, justificando os ataques e cerco.
A situação se agrava com a nova ofensiva contra hospitais, resultando em pelo menos um morto e vários feridos. O maior hospital do norte de Gaza, al-Shifa, e outros quatro, incluindo um pediátrico, foram atingidos. Profissionais de saúde relatam tanques israelenses assumindo posições próximas aos centros médicos, colocando em risco pacientes e equipe médica.
Apesar das pausas diárias anunciadas por Israel para permitir a fuga de civis, a operação militar já ceifou mais de 11 mil vidas, incluindo milhares de crianças. A alegada preocupação com a população contrasta com a intensificação dos ataques, comprometendo a segurança de palestinos deslocados que buscam refúgio nos hospitais.
A Organização Mundial da Saúde destaca a crise, informando que 20 centros de saúde em Gaza estão completamente fora de operação. A resposta internacional se diversifica, com o príncipe saudita Mohammed bin Salman condenando as ações israelenses, alegando violações da lei internacional. No entanto, as negociações para normalizar relações entre Israel e Arábia Saudita permanecem suspensas.
O futuro da gestão da Faixa de Gaza permanece incerto, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, delineando suas intenções de desmilitarização e reconstrução, mas sem buscar a governança direta. O líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, expressa disposição para assumir responsabilidades na região, sublinhando a necessidade de uma solução política abrangente e a criação de um Estado Palestino.