Em uma reação veemente ao veto dos Estados Unidos à resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que lidava com a complexa questão do conflito entre Israel e o grupo Hamas, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, não hesitou em expressar suas preocupações. A resolução, que recebeu 12 votos a favor e apenas duas abstenções, foi bloqueada pelos Estados Unidos, que, como membro permanente do conselho, detêm o poder de veto.
“O veto dos EUA à resolução elaborada pelo Brasil, após diálogo com outros membros do Conselho de Segurança, deixa claro quais são as verdadeiras intenções por trás desse conflito: quem busca a paz e quem perpetua o sofrimento das populações civis. Este foi um veto político destinado a eliminar qualquer chance de uma solução negociada de mútuo acordo. Parece que alguns preferem o caminho da violência e da imposição pela força”, declarou Gleisi Hoffmann nas redes sociais.
A deputada federal destacou que o Brasil, sob a liderança do presidente Lula, persistirá em seus esforços para alcançar um cessar-fogo, com o objetivo de salvar vidas inocentes, prevenir mais atrocidades de guerra e construir uma paz duradoura.
A resolução brasileira condenava os “ataques terroristas atrozes do Hamas” e fazia um apelo pela “imediata e incondicional libertação de todos os reféns civis, garantindo sua segurança, bem-estar e tratamento humano, de acordo com o direito internacional”. Além disso, o texto propunha o restabelecimento do fornecimento de energia, água, combustível e alimentos à Faixa de Gaza, que havia sido interrompido devido ao “cerco total” imposto pelo governo de Israel. A resolução também solicitava “pausas humanitárias” para aliviar o sofrimento da população local.
Nos últimos dias, o PT recebeu críticas da Embaixada de Israel, e, em resposta, afirmou que o país “não possui legitimidade para discutir questões de direitos humanos.”
